Saiba porque os Beagles são usados em testes

Saiba porque os Beagles são usados em testes

Beagle olhando pra injeção
Beagle olhando pra injeção – Foto: Freepik

Depois de toda aquela confusão com a invasão de 50 ativista ao Instituto Royal para resgatar os beagles que eram utilizados em testes de laboratório muita gente quis saber porque essa raça é utilizada para esse objetivo. Os motivos para isso são vários, um deles é o temperamento dócil da raça que permite que seja manuseado com facilidade, até mesmo por pessoas estranhas. Não apenas aqui no Brasil, mas diversas partes do mundo, cães e outros animais são utilizados para realizar testes de medicamentos e cosméticos. Em vários países da Europa, essa prática já foi proibida.

O motivo principal

Beagle sentado em fundo branco
Beagle sentado em fundo branco – Foto: Freepik

A principal “vantagem” que os cães da raça Beagle apresentam como diferencial de outras raças para serem cobaias em testes é a grande padronização da raça. Eles não possuem grandes variedades genéticas e é por isso que é difícil ver um exemplar de alturas muito variadas ou com peso muito contrastante. Para realizar testes é preciso que o material genético seja padrão para que os resultados em cada animal não seja diferente de um para o outro. Essa similaridade entre os cães da raça se deve ao fato de serem muito antigos, terem seus cruzamentos realizados de maneira controlada e já possuírem um mapeamento genético.

Porque usar cães?

É muito mais comum que sejam utilizados ratos em vez de cães em laboratório. Mas isso acontece no caso de testes de medicamentos oncológicos (contra o câncer) ou no tratamento da AIDS. Neste caso, as características da saúde dos cães é muito mais próxima da nossa, seres humanos. Qualquer tipo de laboratório que queira realizar testes em animais precisa ter uma autorização do Conselho Nacional de Experimentação Animal (Concea) e entre as exigências desse orgão estão:

  • Não causar nenhum tipo de maus tratos;

  • Beagle tocando na mão de uma mulher em fundo branco
    Beagle tocando na mão de uma mulher em fundo branco – Foto: Freepik

    Formação de uma equipe neste local composta por: veterinário, biólogo, pesquisar e um representante de ONG de proteção ao animal;

Beagle em fundo azul
Beagle em fundo azul – Foto: Freepik

O Instituo Royal que funcionava na região de São Roque em São Paulo, apesar de estar devidamente regulamentado pelo órgão do Concea, foi acusado de maus tratos contra os animais que ali estavam. Foram verificadas mutilações em animais como orelhas e línguas cortadas, faltando uma parte do órgão. Os 178 cães e 7 coelhos foram resgatados na noite de 18 de outubro de 2013 e levantou em todo o mundo debates sobre o uso de cães e diversos outros animais como cobaias em experimentos de laboratórios.

Apenas 19 dias depois do resgate, o Instituto anunciou que fecharia as portas, pois os danos causados ao laboratório são irreparáveis, mas iam entrar na justiça para processar os invasores. O Ministério Público já abriu inquérito para investigar se a empresa estava utilizando os animais de maneira adequada e dentro das normas. No dia 13 de novembro mais 40 ativistas foram salvar os 300 roedores que estavam no Instituto ainda estavam no local.

Separei mais esses conteúdos para você:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *