A pandemia do coronavírus parece ter chegado para virar de cabeça para baixo a vida de todas as pessoas do mundo. Claro que com os tutores de cachorros isso não seria diferente.
Infelizmente, em algumas regiões do mundo foram identificados casos de humanos abandonando seus animais de estimação por medo de contraírem o vírus. Ao que tudo indica, essas pessoas ficaram muito temerosas que o vírus pudesse ser transmitido por cachorros porque eles têm pelos (local onde o vírus pode se alocar) e porque há suspeitas de que o coronavírus realmente veio do contato de humanos com animais (nesse caso, com morcegos).
Atualmente, sabemos que o cachorro e outros animais podem realmente se infectar com o vírus do coronavírus. Entretanto, não há nenhuma evidência que demonstre que o vírus é transmitido do cachorro para o humano (ou vice versa). Entenda melhor como isso funciona aqui. Boa leitura!
Cachorro pode contrair coronavírus?
Sim, cachorros podem contrair o coronavírus. Inclusive, há notícias de ao menos dois cachorros no mundo que já foram infectados com o vírus e tiveram seus casos confirmados (fora os cachorros que estão sob suspeita).
O caso mais recente ocorreu com um cachorro da raça pastor alemão de Hong Kong. O teste do coronavírus confirmou a infecção pelo vírus no dia 19 de março 2020 (quinta-feira). O primeiro cachorro infectado havia morrido poucos dias antes da confirmação deste segundo caso. Estas informações foram confirmadas e transmitidas pelo Departamento de Agricultura, Pesca e Conservação de Hong Kong.
Abandono e monitoramento dos animais
As autoridades de Hong Kong (e de alguns outros lugares do mundo) têm orientado as pessoas a não abandonarem os seus animais de estimação nesse período de quarentena. Essa solicitação infelizmente vem se fazendo necessária, na medida em que já foram identificados alguns casos de abandono de cachorros e de outros animais devido a medo de transmissão do vírus entre espécies.
Mesmo sendo bastante genuíno, este é um medo sem respaldo científico – uma vez que até o momento as evidências apontam para a não-transmissão entre espécies do coronavírus.
O pastor alemão infectado com o vírus foi colocado em situação de quarentena junto com outro cachorro que residia na mesma casa, sem raça definida (SRD, ou vira-lata). Além disso, o Departamento de Agricultura, Pesca e Conservação alertaram que continuarão monitorando os dois cachorros e que os mesmos serão submetidos a novos testes. Essa retestagem servirá para verificar o avanço da doença neles.
Primeiro caso de coronavírus em cachorro
O primeiro caso de coronavírus confirmado em cachorro aconteceu também em Hong Kong. O cachorro era da raça Lulu da Pomerânia e já era idoso. Ele tinha 17 anos de vida.
O cachorro em questão foi testado inúmeras vezes e os especialistas afirmaram que ele apresentava “um baixo nível de infecção”. Entre outras coisas, isso significa que o cachorro tinha poucas chances de passar o vírus adiante. Ou seja, seu risco de contaminar outros cachorros era bem baixo.
Infelizmente, o tutor do cão não aceitou fazer uma autópsia. Por isso, apesar do cachorro estar infectado com o coronavírus, é impossível confirmar se foi essa a causa da morte. Alguns especialistas acreditam que além da contaminação, o estresse causado pela quarentena e a separação do tutor podem ter contribuído para a morte.
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